sábado, 24 de novembro de 2007

Acabou o sonho




Portugal não conseguiu eliminar o adversário, que era “só” o campeão europeu e mundial e guardar a vantagem por 2-0 que alcançou até aos cinco minutos finais do jogo. Foi nesse escasso tempo que a Espanha recuperou a desvantagem, igualando o marcador. Mostrando a experiência e o porque de tantos títulos ao longo destas provas internacionais. Os pénaltis vieram a seguir para por um ponto final no sonho português.Foi por demais evidente a frieza e a paciência dos espanhóis, na conversão das grandes penalidades para assim, carimbarem o passaporte para a final. Esses factores, aliados a uma experiência que os portugueses ainda não têm, ajudam também a explicar o que aconteceu em Gondomar, no pavilhão Multiusos "Coração de Ouro" que esteve esgotado para ver este grande jogo onde mais uma vez não faltou apoio à nossa selecção. Os portugueses, em clara maioria nas bancadas, ainda tiveram a oportunidade de assistir a um excelente começo da parte da sua equipa, que serviu para pôr os espanhóis em sentido.


Os primeiros minutos como seria de esperar foram de estudo mútuo das duas equipas, Portugal encostava-se no seu meio campo quando a posse de bola estava do lado do adversário esperando também um erro para tentar surpreender.
Durante toda a primeira parte houve algumas situações de golo para cada uma das equipas, mas as redes de Benedito e Luís Amado eram para já invioláveis. A melhor oportunidade de toda a 1ª parte pertenceu a Joel Queirós, aos 15 minutos. O jogador recebeu a bola e disparou à barra, para alívio dos espanhóis e desespero dos portugueses.Na segunda parte, foram os portugueses os primeiros a criar perigo desta vez por Arnaldo, na cara de Amado, não conseguiu, inaugurar o marcador.A Espanha não se intimidou e em quatro minutos, tiveram oportunidades de sobra para passarem para a frente do marcador, mas nunca o fizeram. A melhor surgiu ao minuto 28, num dois para um, em que Daniel assistiu Eseverri e este chutou ao lado. Dois minutos depois, foi Torrás a permitir a defesa de João Benedito, depois de uma perda de bola de Ricardinho em zona proibida.


Depois Gonçalo Alves instalava o delírio no pavilhão, ao minuto 31, na sequência de um lance dos espanhóis que Portugal se colocou na frente do marcador. O espanhol Marcelo rematou à baliza, na qual Benedito se impôs e lançou rapidamente para Leitão que aproveitou para isolar o fixo da selecção que, perante a saída de Amado, picou a bola e fez o 1-0. O mais difícil estava feito e a Selecção Nacional estava a um passo da final.Os espanhóis reagiram através de dois remates perigoso de Álvaro. Contudo, foram os portugueses a estar mais perto do golo, ao minuto 34, quando, de livre, Pedro Costa deu para Gonçalo Alves atirar ligeiramente ao lado.No minuto 35, Ricardinho abriu o livro. Pedro Costa com um passe longo para a ala direita, encontrou o “magico” que sem meias medidas, pôs-se no ar e, de forma acrobática, bateu Luís Amado. 2-0, um minuto que há-de ficar gravado na memória de todos os espectadores. A Espanha arriscou tudo com Kike a fazer de guarda-redes e jogador de campo. A estratégia resultou, já que, aos 36 minutos, os espanhóis reduziram, por intermédio de Daniel. Com uma tranquilidade própria das equipas habituadas a este tipo de pressões, a equipa espanhola tanto tentou que chegou ao 2-2 a dois minutos do fim. O primeiro remate de Andreu encontrou Zé Maria pela frente, mas o segundo só parou no fundo das redes.Ate ao final do tempo regulamentar a Espanha foi quem esteve mais perto do terceiro golo. A equipa das quinas, por seu lado, já não tinha forças e muito menos cabeça para dar a volta ao resultado. Aquilo que o técnico da equipa das quinas mais temia antes do início do Campeonato da Europa acabou por se confirmar neste jogo: a razão deixou que a emoção se sobrepusesse.
Dado que o jogo terminou igualado não restou outra alternativa senão desempatar através da marca das grandes penalidades, a experiência da Espanha veio ao de cima. Ao contrário, os portugueses acusarem a pressão e não foram tão eficazes na conversão. O primeiro atleta nacional a falhar foi Joel Queirós permitindo a defesa a Luís Amando e depois Leitão, atirou ao poste da baliza de Amado.
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